Prémios Santa Casa Longevidade

11 de Novembro, 2019
Sérgio Cintra, Ana Mendes Godinho e Edmundo Martinho

As possibilidades da população com mais de 65 anos ter uma vida mais autónoma, mais autodeterminada e mais participada acabaram de aumentar.

Reforçando o seu compromisso com o programa “Lisboa, Cidade de todas as idades”, e prosseguindo a sua missão de sempre, a Misericórdia de Lisboa apresentou esta segunda-feira, dia 11 de novembro, os “Prémios Santa Casa Longevidade”.

Estes galardões pioneiros, dedicados exclusivamente ao tema da longevidade e desenvolvidos a pensar na investigação científica (doutoral e pós-doutoral), vão atribuir, bianualmente, até 300 mil euros.

Com o intuito de criar novas e inovadoras metodologias e procedimentos, capazes de melhorar as repostas da Santa Casa na área da Longevidade, cada edição dos “Prémios Santa Casa Longevidade” irá premiar três projetos distintos. De dois em dois anos, serão assim laureados (com 100 mil euros cada) os projetos de investigação científica que melhor reponderem a cada um dos eixos estratégicos do programa “Lisboa, Cidade de todas as Idades” (eixo da vida ativa, eixo da vida autónoma e eixo da vida apoiada).

Distinguindo-se pela sua ambição, o programa “Lisboa, Cidade de todas as Idades” tenta responder a um problema transversal à sociedade: a longevidade. “Não há setor da nossa vida onde a questão da demografia e da longevidade não tenha um impacto importantíssimo”, lembrou Edmundo Martinho, provedor da Misericórdia de Lisboa.

Durante a sua intervenção, na renovada Sala de Extrações, o responsável máximo da Santa Casa explicou a razão da existência destes novos prémios promovidos pela instituição. “Queremos contar com o que de melhor se faz na investigação científica. E é por isso que os prémios tem este valor: 100 mil euros para cada prémio, um prémio por eixo. Acreditamos que é por esta via que aprenderemos a fazer melhor o que temos a fazer, que nos confrontaremos com as nossas fragilidades e que aproveitaremos melhor as nossas potencialidades”.

A inclusão do olhar científico no trabalho quotidiano da Misericórdia de Lisboa é, na perspetiva de Edmundo Martinho, uma mais-valia para a instituição na concretização dos ambiciosos objetivos do “Lisboa, Cidade de todas as idades”. “Não chega a vontade, nem o empenho ou a dedicação. Tudo isso temos de sobra! Mas, às vezes, falta-nos o aconselhamento científico, e estes prémios procuram preencher esse vazio. Vamos estimular a academia para que – através da sua produção científica – nos ajude a enfrentar os desafios sociais, a propor ações inovadoras e a avançar com mais respostas de proximidade integradas que possam melhorar os serviços”.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, também fez questão de, na sua elocução, sublinhar a importância do tema da Longevidade para Portugal. “A demografia não é um tema de hoje. É um tema de hoje, é um tema de ontem e é um tema de amanhã. É um tema central para o nosso desenvolvimento e afirmação enquanto país” referiu.

Não deixando de frisar o papel “essencial” que a Misericórdia de Lisboa pode ter para ajudar o país a “inovar do ponto de vista da resposta social e a fazer com que tenhamos uma ação cada vez mais integrativa e participativa de todos”, a ministra da tutela deixou ainda um apelo.

“Este prémio da Longevidade quer dizer também que temos de ir mais longe” até porque, como referiu a governante, “somos um país para todos. Somos um país para novos e um país para velhos. É isso que nos tem de orgulhar, e é por isso que devemos lutar em conjunto”.