A Unidade de Missão Santa Casa para o programa “Lisboa Cidade de Todas as Idades” realizou, no passado dia 3 de junho, mais um webinar digital, sob o tema “Reforçar a Confiança: Colaboração em Tempos de Pandemia”.
A sessão temática que contou com a participação de Inês Guerreiro, cuja experiência profissional, serviu de inspiração para colocar em evidência aimportância das organizações locais trabalharem com base em objetivos comuns, e aprofundarem relações de confiança que permitam melhor partilhar informação, conhecimento e recursos.
Estas foram algumas das lições e aprendizagens retiradas das experiências que estão a ser vividas no apoio às pessoas mais velhas da cidade, durante a pandemia do Covid-19, mas que também permitiram revelar dificuldades e desafios para o futuro.
Na sessão participaram 41 pessoas, entre os quais, representantes da Rede Social, Câmara Municipal de Lisboa e das juntas de freguesia da Penha de França, Olivais, Parque das Nações e Alcântara.
A atual crise poderá suscitar uma importante reflexão e encerrar em si uma oportunidade de mudança organizacional, de reinvenção institucional e das correspondentes formas de trabalhar em rede. A relação entre necessidades de saúde e sociais ilustra a complexidade dos problemas humanos e das respostas necessárias, que exigem uma maior articulação.
Importa percecionar as questões sociais, como a atual pandemia (mas outras menos visíveis como a pobreza ou o isolamento), como fenómenos multidimensionais (conceção holística), em toda a sua complexidade, quer tenham uma escala local ou global.
Esta perceção abrangente e sistémica, estará na base de uma abordagem colaborativa entre os parceiros sociais, em que cada uma recusa a individualização do trabalho e a compartimentação das respetivas áreas e paradigmas de intervenção, e deverá procurar princípios de partilha, compromisso e coresponsabilidade, atuando de forma integrada para prestar as respostas mais adequadas para os problemas e necessidades de cada pessoa.
“Só há cooperação se houver vontade”, devendo encontrar-se esta na base do alinhamento dos parceiros, para além do reforço de confiança entres estes, do aumento da necessidade de comunicação, com expressão prática ao nível da partilha de visão, informação, recursos, que possibilite as desejadas melhorias e o cumprimento dos objetivos.
Disto será indissociável o recurso às tecnologias de informação, que intervêm na partilha, registo, procedimentos de avaliação, entre outros aspetos do trabalho social colaborativo.
Inês Guerreiro reforçou ainda que “esta forma de trabalho aumenta a importância do feedback, da avaliação e monitorização nestas relações entre parceiros e os restantes sectores da sociedade, compreendendo a elaboração de diagnósticos e planos integrados, participados por todos”.