Projeto foi destacado na 2.ª edição do evento coorganizado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
A ESG Week (Environmental, Social, Governance) é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE), que congrega no mesmo espaço representantes governamentais, líderes empresariais, especialistas nacionais e internacionais, academia e organizações da sociedade civil, para debater os grandes temas da sustentabilidade. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi coorganizadora da 2ª edição, que teve lugar entre os dias 17 e 21 de abril, e dinamizou a sessão subordinada ao tema: “Governação Integrada e a Sustentabilidade de Projetos: o caso do projeto RADAR enquanto instrumento Cidade para a prevenção do isolamento e solidão na velhice.”
O objetivo da sessão incidiu na divulgação do projeto RADAR e do programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades, enquanto iniciativa que procura transformar a cidade de Lisboa num espaço de vida ativa, autónoma e de participação de todas as pessoas, dando destaque à população 65+.
Na abertura da sessão, Mário Rui André, coordenador da Unidade de Missão “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”, começou por lembrar que o projeto RADAR “é um instrumento de um programa mais abrangente para a cidade, o programa ‘Lisboa, Cidade de Todas as Idades’, procurando ter uma atividade colaborativa e integrada para as questões da longevidade e do envelhecimento na cidade.”
“O projeto RADAR, em si, é um instrumento colaborativo que, no fundo, agrega os parceiros importantes da cidade de Lisboa (o Município de Lisboa, a Santa Casa, as 24 juntas de freguesia, a PSP, a Gebalis, a ARS, o ISS, entre outras) e baseia-se na construção de microrredes no território com a ajuda dos radares comunitários – o comércio local – , para a identificação e sinalização dos casos de solidão e de envelhecimento” sem assistência.
Foi sublinhada a importância do trabalho em rede, da governação integrada e as estratégias colaborativas na promoção de uma Cidade Socialmente Sustentável, já que “cada instituição, por si só não tem a capacidade de solucionar a problemática do isolamento e da solidão. É um trabalho de equipa. O projeto RADAR reúne todas as instituições da cidade para dar resposta às necessidades das pessoas. A plataforma partilha informação com cerca de 30 organizações. 4.700 estabelecimentos de comércio local são radares comunitários e cerca de 34.000 pessoas com 65+ estão envolvidas no projeto RADAR”, frisou Mário Rui André.
Foi possível dar a conhecer melhor este projeto através do testemunho e partilha de experiências de alguns dos atores envolvidos, tendo sido o painel constituído por Maria Aurora Dantier, comissária da PSP, Marta Teles, gestora da Responsabilidade Social, Intervenção Comunitária e Parcerias das Farmácias Holon, Vanda Lourenço, Focal Point da Gebalis, Maria Manuela Carvalho, cidadã integrada no projeto RADAR e Miguel Soares, diretor municipal dos Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa. A moderação coube a Paula Guimarães, coordenadora do GT Cuidadores Informais do Fórum para a Governação Integrada.
A gravação da sessão está disponível aqui.